quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Contos de Natal
Um alfaiate e um ourives viajavam juntos.
Certo dia, ao crepúsculo, ouviram à distância o som de música. Caminharam mais rapidamente e a melodia foi-se fazendo ouvir, cada vez mais alegre. Esqueceram todo o cansaço da jornada e apressaram-se, para ver de onde vinha.
A lua já se erguera, quando os dois caminhantes alcançaram uma colina, de onde divisaram uma porção de pequenos homens e mulheres. Davam-se as mãos e rodopiavam com grande alegria, numa farândola animada. Cantavam ao mesmo tempo uma linda melodia. No meio da reunião, estava sentado um velho, um pouco mais alto que os demais, e cuja longa barba branca se espalhava pela frente do seu casaco colorido. Os dois companheiros estacaram e contemplaram a festa, cheios de admiração. O velho fez-lhes sinal para entrarem também na roda, enquanto o povo pequeno abria, prazenteiramente, a roda, para dar lugar a ambos.
O ourives, mais expansivo, aceitou de imediato. O alfaiate, tímido, hesitou um pouco, mas vendo como era divertido, acabou por aderir também. A roda fechou-se, novamente, e todos dançaram e pularam, com gritos de alegria. O velho, tomando uma faca que trazia à cintura, amolou-a, olhando para os dois viajantes. Estes assustaram-se, porém não tiveram tempo de tomar qualquer atitude. O velho, agarrando o ourives, escanhoou-lhe, com grande rapidez, o cabelo e a barba. A mesma coisa sucedeu ao alfaiate.
O medo dos dois desapareceu, quando o velho, ao terminar, lhes deu uma amistosa palmadinha nas costas, como se quisesse dizer-lhes que haviam agido acertadamente, ao deixarem que lhes fosse cortado o cabelo e barba. Mostrou-lhes, depois, por gestos, um monte de carvão, mandando-os encherem os bolsos. Obedeceram, embora sem compreenderem, e foram à procura de um lugar para passar aquela noite. Ao chegarem à planície, ouviram o relógio de um convento próximo bater a meia-noite. No mesmo instante, o canto parou e tudo desapareceu, ficando apenas uma colina deserta ao luar.
Os dois caminhantes acharam um lugar coberto de palha, onde se deitaram, esquecendo-se de tirar dos bolsos os pedaços de carvão, tão cansados estavam. Um peso desacostumado fê-los acordar mais cedo, enfiaram as mãos nos bolsos para deles tirar o carvão, mas, com grande espanto, encontraram, em lugar dele, pedaços de ouro. Agora podiam considerar-se ricos. Felizmente, o cabelo e a barba já haviam crescido. Todavia, existe gente por demais ambiciosa e, entre essa, estava o ourives. Lamentou não ter enchido mais os bolsos, assim teria o dobro do que coubera ao alfaiate. O ourives, ávido de mais ouro, propôs ao alfaiate pernoitarem mais uma vez naquela região, para voltarem a ver o povo pequeno e o velho no outeiro. O alfaiate declarou:
— Já tenho o bastante e estou satisfeito! Agora vou poder casar-me e ser um homem feliz.
Mas estava pronto a esperar mais um dia pelo companheiro.
À noite, o ourives pendurou mais algumas bolsas à cintura e pôs-se a caminho do outeiro. Encontrou, como na noite anterior, todo o pequeno povo a cantar e a dançar, e o velho cortou-lhe barba e cabelo e fez-lhe sinal para que fosse buscar os pedaços de carvão. O ourives não teve dúvidas de embolsar tudo quanto cabia nos seus muitos bolsos e voltou, todo feliz; cobriu-se com o casaco e ferrou no sono. "Tanto se me dá que o ouro pese", pensou. "Suportarei tudo de bom grado." Adormeceu com a deliciosa antecipação de acordar milionário.
Ao abrir os olhos, levantou-se apressado, para examinar os bolsos. Mas ficou abismado quando apenas retirou deles pedaços de carvão. Decepcionado, consolou-se, pensando que lhe sobraria pelo menos o ouro ganho na noite anterior. Mas ficou apavorado quando viu também aquele transformado em carvão. Inadvertidamente, bateu com a mão na cabeça e sentiu-a lisa e calva, e assim estava o seu rosto. Reconheceu, então, tratar-se de um castigo pela sua ambição.
Enquanto isso, o alfaiate acordara e agora consolava do melhor modo possível o companheiro, banhado em lágrimas de desespero.
— És meu companheiro de viagem e amigo; vais ficar comigo e gozaremos juntos da minha fortuna.
Manteve a palavra, mas o pobre do ourives teve de esconder, dentro de gorros, a sua cabeça calva, durante toda a vida.
Marie Tenaille (org.)
O meu livro de contos
Porto, Asa Editores, 2001
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
"As Rainhas Magas"
Novidades:
No próximo dia 13 de Dezembro teremos o privilégio de receber na nossa Biblioteca, a visita de pessoas com muita experiência de vida, do Lar do "Muro do Abrigo" para assistir à peça de Natal - "As rainhas Magas".
E no dia 15 de Dezembro receberemos , com muita alegria e prazer, a visita dos nossos colegas mais pequeninos do Agrupamento, os meninos da pré-escola, para assistir à mesma peça.
Com certeza será um momento de partilha de experiências e de pontos de vista inesquecíveis e enriquecedor!
No próximo dia 13 de Dezembro teremos o privilégio de receber na nossa Biblioteca, a visita de pessoas com muita experiência de vida, do Lar do "Muro do Abrigo" para assistir à peça de Natal - "As rainhas Magas".
E no dia 15 de Dezembro receberemos , com muita alegria e prazer, a visita dos nossos colegas mais pequeninos do Agrupamento, os meninos da pré-escola, para assistir à mesma peça.
Com certeza será um momento de partilha de experiências e de pontos de vista inesquecíveis e enriquecedor!
Os nossos alunos são frequentemente desafiados pelos seus professores a construírem textos sobre várias temáticas e formas. As personagens circulam por espaços e tempos diversos e passam por peripécias que… bom o melhor mesmo é lerem. Aqui estão eles!!
O Tesouro da Amizade
Certo dia, a Leonor e António foram visitar o seu avô Francisco a Peniche onde iam ficar a passar as suas férias de Verão. Eles adoravam o seu avô Francisco porque ele lhes contava muitas lendas e histórias maravilhosas e extraordinárias.
Quando chegaram, o seu avô já os esperava à porta da sua humilde casa.
O avô recebeu-os com toda a sua felicidade e carinho, pois já não os via há bastante tempo. Ficaram à conversa durante muito tempo. No dia seguinte o António fazia 12 anos e o presente oferecido pelo seu avô foi um baú misterioso que continha no interior, um mapa do tesouro.
O António ficou espantado com o seu presente. O avô explicou-lhe onde estava o tesouro escondido e disse-lhe que no dia seguinte partiriam os três numa nova aventura.
A Leonor e o António já não pensavam em mais nada senão na sua aventura. Como era o dia de aniversário do António, foram visitar uma prisão que agora é um museu em Peniche. O António e a Leonor adoraram a visita, nunca tinham visto nada assim. Quando chegaram a casa, estavam todos muito cansados e decidiram ir a um restaurante jantar.
No dia seguinte, tal como combinado, decidiram ir à descoberta do tão misterioso tesouro que estava indicado no mapa oferecido pelo avô Francisco ao António.
Em primeiro lugar foram ao cais alugar um barco e fatos de mergulho para poderem encontrar o tesouro (já que ele se encontrava no fundo do mar). Já no barco, passado pouco tempo da sua partida, o António pergunta:
- Já chegamos?
- António, acabamos de partir em viajem, acalma-te.
- Sim avô, eu sei que tenho que ter calma, mas estou muito ansioso.- disse o António.
Passado algum tempo pararam no meio do oceano e a Leonor pergunta:
- Chegamos?
- Sim já chegamos.- respondeu o avô.
Tal como disse o avô tinham chegado e a primeira coisa que fizeram foi vestir os fatos de mergulho. De seguida o avô disse para todos saltarem mas que tivessem cuidado.
Dito isto saltaram todos do barco e já debaixo de água, o António achou engraçado terem de usar a linguagem gestual. Passado algum tempo, o António começou a ficar farto de estar ali sem descobrir nada e a olhar de um lado para o outro sem ver nada de especial.
De repente, a Leonor viu uma luz que brilhava e brilhava, conseguia-se ver a léguas. Dirigiram-se para o local de onde surgia a luz e o avô disse:
- Agora cuidado meninos, venham atrás de mim e não se afastem!
O Sr. Francisco e os seus netos foram-se aproximando e viram que a luz ia dar a uma porta que tinha desenhada uma cruz e tal como dizia no mapa do António:” a cruz marca o lugar do tesouro”.
O avô, com receio do que podia acontecer, disse aos seus netos, mais uma vez, para não se afastarem, pois podia ser perigoso.
De repente, o avô abriu a porta e depararam com uma ” caixa “ onde se encontravam letras soltas (uma espécie de sopa de letras). Quem formou as palavras com aquelas letras soltas foram a Leonor e o António, pois era um dos seus passatempos preferidos. As palavras finais foram “ AMIZADE ”, “LEALDADE “, e “ UNIÃO “: O avô não percebeu porque se encontravam lá aquelas palavras.
O baú do tesouro abriu-se como por magia e lá dentro continha um tesouro: Uma estátua da Amizade! O Sr. Francisco, muito espantado, diz:
- Onde está o ouro e as jóias, onde está o dinheiro?
- Avô, o que interessa não é o dinheiro e além disso divertimo-nos.- disseram a Leonor e o António.
- Sim, mas eu estava à espera de um tesouro!
- E encontramos um tesouro, até um dos mais importantes:- disse a Leonor.
O António e a Leonor explicaram ao seu avô o significado e o poder da Amizade.
Quando regressaram a casa estavam muito cansados e decidiram ir dormir, mas aprenderam uma coisa muito importante: A Amizade é um verdadeiro tesouro, que deve ser guardado eternamente.
Ana Isabel nº2
Catarina Martins nº 6
6ºB
Os Maquiavélicos
Na cidade de Eragon, reinava a paz e a tranquilidade, como nos contos de fadas.
No entanto, no meio de tanta paz, havia um grupo de adolescentes (ao qual chamavam de Maquiavélicos) que gostavam de pregar partidas e assustar os habitantes da cidade.
A cidade estava toda decorada para o baile de finalistas, todos se divertiam dançando, cantando…até que o grupo «maquiavélico» chegou e começou a fazer das suas.
O Pedro e o Daniel levaram bebidas alcoólicas e às escondidas começaram a beber e a criar mau ambiente.
Entretanto o Diogo, juntamente com a Rita e a Ana Bela, foram para a pista de dança, começando aos encontrões aos outros.
O caos instalou-se e o segurança acabou por colocar o grupo na rua.
Furiosos, entraram no carro e saíram a alta velocidade.
De repente ouve-se um estrondo bum…! pum…!
Assustados, saíram do carro para ver o que tinha acontecido, pois pensaram ter atropelado um cão.
Ao verem que não era um cão, mas sim uma pessoa, ficaram em pânico, pois pensavam que estava morto.
As raparigas, aterrorizado, gritavam:
- Liguem para a polícia, liguem para a ambulância!
- Não, nem pensem, vocês são doidas? Diziam os rapazes.
- Vamos é esconder o corpo, pois se ligarmos à polícia vão saber que fomos nós os responsáveis pelo acidente, e no estado em que nós estamos, vamos todos presos.
Todos concordaram, e assim resolvem colocar o corpo dentro do carro e levá-lo para um casebre abandonado que havia perto da cidade. Colocaram o corpo lá dentro, fecharam a porta e regressaram a casa para que ninguém desconfiasse de nada.
Nessa noite nenhum dos cinco amigos conseguiu dormir, pois não deixavam de pensar no que tinha acontecido.
Entretanto, o morto, que não estava morto, mas apenas desmaiado saiu do casebre com uma grande sede de vingança.
Na manhã seguinte o grupo dirigiu-se ao local onde havia deixado o corpo para o enterrarem mas, ao chegarem lá viram a porta entreaberta e verificaram que o corpo tinha desaparecido.
Os dias seguintes foram de pânico, pois não sabiam o que fazer nem o que pensar e também tinham receio que alguém tivesse descoberto o crime. Ao mesmo tempo sentiam-se ameaçados e perseguidos por sombras e vultos.
Afinal o homem atropelado não tinha morrido, nem estava desmaiado, ele já estava era morto há muitos, muitos anos, pois era um terrível zombie. Este reuniu todos os outros zombies e começaram uma incansável prosseguição aos “maquiavélicos”.
Os cincos amigos, embora vivessem no medo e na incerteza, procuravam esquecer o que tinha acontecido.
Certa noite, enquanto Ana Bela fazia a sua caminhada nocturna pelo parque, foi capturada e assassinada pelos zombies.
O grupo, ao saber do desaparecimento da amiga, começaram a desconfiar que estava relacionado com o homem que pensavam ter assassinado.
De imediato começaram a procurar e a perguntar aos outros habitantes se a tinham visto. A resposta era sempre a mesma:
- Não, não a vimos.
Passados alguns dias, numa noite fria e cinzenta, Pedro colocava o lixo no contentor, quando de repente, sentiu um vulto atrás dele. Este não conseguiu reagir e rapidamente foi empurrado e estrangulado com correntes, sem que ninguém se apercebesse.
Quando os homens recolhiam o lixo, encontraram o corpo e chamaram a polícia.
Na manhã seguinte, os habitantes de Eragon depararam com a seguinte notícia no jornal da cidade “Jovem encontram-se desaparecida e amigo foi encontrado morto no caixote de lixo”.
Instalou-se o pânico, a insegurança e a desconfiança na cidade.
Os zombies já não se escondiam e ao pouco foram invadindo as ruas da cidade, destruindo tudo e todos os que se atravessavam no seu caminho.
Os “maquiavélicos” finalmente começaram a perceber o que realmente tinha acontecido naquela noite, assustados, resolveram contar à polícia o trágico acidente.
Os habitantes uniram-se e, embora assustados, mas com muita coragem, pegaram em armas, paus, espadas, machados… e tentaram fazer frente aos zombies.
O seu aspeto era aterrador, as roupas eram simplesmente farrapos pendurados, ossos salientes e partidos e faziam barulhos arrepiantes e ensurdecedores.
Foi então que um dos “maquiavélicos” se lembrou de um velho inventor muito conceituado que vivia na cidade. Rapidamente se dirigiram para lá para pedir ajuda.
O inventor falou-lhes de uma máquina que tinha inventado à muitos anos atrás, para dar super-poderes às pessoas, mas que nunca tinha sido experimentada pois tinha receio de magoar alguém. Com o sentimento de culpa os “maquiavélicos” ofereceram-se como voluntários para testarem a máquina.
Os habitantes tentavam a todo o custa empatarem os zombies, quando finalmente chegaram os heróis ainda que sem saber muito bem se tinham poder suficiente ou não. Daniel, com o poder do vento e com ajuda das tochas da população conseguiu empurrá-los e encurrala-los no centro da cidade. Rapidamente, a Rita com a sua super força pegou numa enorme barra de ferro e cercou-os, sem perder tempo. Diogo, com o poder do fogo, lançou enormes e poderosas chamas para os queimar.
Finalmente, os zombies estavam mesmo mortos e reduzidos a cinzas. Toda a população respirava de alívio.
Os “maquiavélicos” passaram a ser heróis e arrependidos de todo o mal que em tempos tinham feito, resolveram ajudar todas as pessoas e cidades que estivessem em perigo.
Nunca se esqueceram dos dois amigos que morreram neta batalha e todos os dias os recordavam.
A cidade de Eragon voltou à sua paz, tranquilidade e os seus habitantes ficaram ainda mais unidos.
Bruno
Fernando
Rui
6ºB
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